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Resenha: Alianças Imperfeitas - Bruna Almeida e Maira Baptistussi

12 de nov. de 2016




ALIANÇAS IMPERFEITAS: VIRANDO O JOGO

Autoras: bruna Almeida e Maira Baptistus
Ano: 2016
Páginas: 139
idioma: Português
Editora: Conquista
Avaliação:
Sinopse:

Como sair de um relacionamento infeliz?
‘Alianças Imperfeitas’ – autora explica como superou relacionamento que tinha tudo para dar errado

“Uma relação será melhor quanto menos precisarmos dela”, assim, nas primeiras páginas de Alianças Imperfeitas, as autoras Bruna Almeida e Maira Cantarelli Baptistussi (psicóloga de Bruna) revelam um dos maiores segredos de um relacionamento: o amor próprio.

A história conta o caso de Letícia, comissária de voo que foi morar em Brasília a trabalho e acaba se apaixonando por Carlos, piloto. Mas o relacionamento de dois anos mostra-se mais cheio de espinhos do que de rosas; e a jovem entra em quadro depressivo e num relacionamento onde o controle e o egoísmo falam mais alto do que o companheirismo.

A obra na verdade é o romance real vivido pela autora (Bruna), que ao longo do livro reflete sobre todas as dúvidas, angústias e processos que foram fazendo-a avaliar (sempre com ajuda de Maira) os sinais de que seu relacionamento não estava na direção certa – e como superá-lo e ter sua autoestima de volta.
Numa realidade onde o abuso sobre a mulher tem estampado manchetes de jornais e revistas semanalmente, a obra de Bruna e Maira sobre o caso de Letícia mostra-se uma forte ferramenta para todas as mulheres que querem ter as rédeas de suas vidas e um romance verdadeiro de volta.


Onde Encontrar?


Resenha:

Confesso que não faço ideia de como começar essa resenha, já aviso que me faltará palavras.

Alianças Imperfeitas é aquele tipo de livro que te faz refletir que te faz realmente pensar sobre o que você quer aliás, que tipo de pessoa você quer ao seu lado? 

O livro conta a história de Letícia e de um relacionamento turbulento que ela teve com Carlos a alguns anos atrás. Ela conta como o conheceu e como se apaixonou por ele, mas também conta como sofria no relacionamento, como vivia mais triste do que feliz, angustiada, e insegura.


Depois que Carlos Letícia começaram um relacionamento, Carlos virou outra pessoa, nunca estava realmente presente para ela, só a vontade dele prevalecia, era apenas quando ele queria, fazendo assim com que Letícia sofresse por sua ausência.
Apesar de imperfeitos, os relacionamentos podem ser  saudáveis sem causar tanto sofrimento ao outro. Aliás, precisa agregar mais paz do que dor. -Página 37.

Carlos era um homem muito sedutor e sempre usava palavras quentes, como “ Eu Nunca amei ninguém como amo você” ou “Quero construir uma família com você” mas apenas falava, pois não coloca suas palavras em ação e isso era o que  mais frustrava Letícia.

É enlouquecedor. A pessoa diz coisas que você quer ouvir, te acalenta em alguns momentos e fica distante em outros, provocando uma intermitência de sensações e aumentando a ansiedade e a expectativa. – Página 70.


Ela criava expectativas, ficava ansiosa para quando as palavras de Carlos de fato aconteceriam, mas nunca, suas palavras nunca viravam ações.

Carlos era muito egoísta, estava em um relacionamento com Letícia e ao mesmo tempo não estava porque tomava suas decisões sozinho, as vezes, nem as compartilhava com Letícia, que pelo contrário, abria sua vida para Carlos.

Carlos já havia enfrentado alguns problemas com relacionamentos em seu passado, mas não procurava ajuda, não deixava Letícia ajuda-lo e o pior, não andava para frente. Tinha seus bens matérias como algo muito importante em sua vida e só pensava em si mesmo, esquecendo de estar presente e demonstrar apoio nas horas que Letícia mais precisava.

Para Carlos, a companheira deveria respeitar tudo o que ele quisesse e não o que é importante em uma relação de cumplicidade. Para Letícia, o companheirismo vinha do cuidado, da vontade de ajudar o outro em qualquer dificuldade, estar presente, preocupar-se... – Página 47.
Letícia terminava o relacionamento com ele várias vezes, mas sempre reatavam pelas palavras desesperadas de amor que Carlos lhe dizia e por não conseguir ficar longe dele, afinal, ela estava apaixonada  e ele mesmo não estando ao seu lado alimentava a paixão.

Era o tipo de homem que dizia “Eu Te Amo” várias vezes ao dia, mas não demonstrava, dizia que queria estar ao lado de Letícia, mas não estava e nem se esforçava para estar.
Carlos não atendia as ligações de Letícia, e sempre dizia que ela cobrava muito dele, ou que era autoritária, mas Letícia precisava cobrar dele, aliás, Carlos não agia como um namorado. Aparecia quando queria, ligava quando QUERIA. Sempre jogava culpa em Letícia, Ilário, não?!

Culpava-me constantemente por  fazer menos do que podia. Ele, sempre cheio de problemas. Eu acreditava que tinha que se companheira, compreensiva e estar ao lado. Tinha medo de parecer radical, exigente demais e perder a oportunidade de ser feliz com ele. Sem falar que Carlos me culpava por algumas situações, dizia que eu precisava esperar.
Era um inverso de emoções: Culpa por exigir demais. Medo de perder o amor. Desejo de ter uma família.  O Pior, eu aceitava as culpas. – Página 71.
Letícia, tinha esperança de que ele mudasse, alias, Carlos sempre era carinhoso quando estavam juntos.

Quando se sente amada, você tem a sensação de que suas dores serão amenizadas e sua caminhada será mais segura. - Página 66.

Lendo esse livro, pode perceber, na verdade ter a certeza de que relacionamentos abusivos não são só aqueles em que há algum tipo de agressão, mas sim os que torturam emocionalmente.
Falando da boca para fora, falando que ama, que quer, que quer estar ao lado, mas “não” pode, quando na verdade, não é isso que o “outro” faz. Esse tipo de coisa gera uma frustração enorme na outra, quebras de expectativas, ansiedade, faz a outra pessoa achar que “não é o suficiente. Esse tipo de relacionamento não é saudável e um dos dois acabam adoecendo.

Desgastei-me e perdi o encanto pelas coisas simples da vida. Não conseguia estudar, trabalhava arrastada, não olhava mais o céu e nem o brilho das estrelas, que era algo divertido para mim. Eu que sempre havia sido produtiva. Nunca tinha ficado sem ler, sem estudar, sem criar, via-me sem encanto por nada. – Página 61

Eu achei a proposta do livro muito interessante, inovadora. É difícil encontrar livros com esse tipo de conteúdo que possa nos ajudar de uma forma tão direta em nossa vida pessoal.
Quando falamos em relacionamentos abusivos, logo pensamentos em agressão, mas com esse livro podemos ver que existem outros tipos de relacionamentos abusivos, e que isso vai muito além do que imaginamos vendo de fora, mas só quem sabe o que está passando mesmo é quem está dentro do relacionamento sofrendo os abusos. As vezes nos ouvimos falar de casos parecidos e por muitas vezes soltamos um “Ela é trouxa” “Meu Deus, o que ela ainda está fazendo com ele?” E isso está errado, não devemos julgar porque estamos olhando pelos olhos de quem está fora do relacionamento, na verdade, o que deveríamos fazer é oferecer ajuda.


O livro é incrível, cheio de citações maravilhosas de reflexão e ainda vem com alguns execícios para completar:



  Só não completei porque tenho dó de riscar o livro, hehe <3

Ainda ganhei autografado:


Ameeeeeei! Muito obrigada pelo carinho, Bruna <3


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Sobre as Autoras:




Redes Sociais das Autoras:


Bruna Almeida




Maira Baptistussi




Redes Sociais do livro:

Alianças Imperfeitas



Espero que tenham gostado! Um beijo para as autoras maravilhosas e um beijo para os meus leitores de chocolate, XoXo!!

1 Comentário

  1. Oi Raquel, tudo bom?

    Adoro livros com essa temática, que nos fazem refletir sobre nossas vidas e relacionamentos. Li algo assim recentemente e confesso que a carga dramática envolvida me deixou pesada. Adorei a resenha e fiquei bem curiosa com a obra!

    Beijos,

    Gnoma Leitora

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